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Energia sem interrupções: drones com câmeras termográficas na inspeção de linhas e subestações

Drone sobrevoando estação de energia

Em um cenário de digitalização acelerada e demanda crescente por energia sem interrupções, a inspeção de ativos elétricos críticos tornou-se responsabilidade estratégica. A combinação de drones industriais e câmeras termográficas em drones para engenharia vem transformando rotinas de manutenção em concessionárias, indústrias e obras de infraestrutura. Ao detectar anomalias térmicas invisíveis a olho nu, essas plataformas aéreas permitem identificar falhas antes que provoquem desligamentos, otimizando recursos e ampliando a segurança de equipes e comunidades.


Como funcionam as câmeras termográficas embarcadas em drones


As câmeras termográficas capturam radiação infravermelha emitida pelos objetos, convertendo-a em imagens de falso-colorido que representam variações de temperatura. Em drones, esse sensor é acoplado a gimbals estabilizados que:


  1. Mantêm o enquadramento estável mesmo em ventos moderados.

  2. Permitem rotação de 360° para inspeção de ângulos complexos.

  3. Gravam simultaneamente vídeo VIS e IR, possibilitando comparação em tempo real.


Principais parâmetros técnicos observados por engenheiros:


• Resolução térmica (ex.: 640 × 512 px)

• Sensibilidade (NETD < 40 mK)

• Taxa de quadros (≥30 Hz para cenas dinâmicas)

• Intervalo espectral (8–14 µm)


Plataformas populares, como DJI Matrice 300 RTK + Zenmuse H20T, ou FLIR Vue TZ20-R, integram GPS RTK e telemetria, viabilizando inspeção termográfica georreferenciada e geração de relatórios para manutenção preditiva.


Principais aplicações por setor


1. Engenharia Elétrica


Linhas de transmissão e subestações

• Detecção de pontos quentes em conectores, isoladores e para-raios.

• Mapeamento de desequilíbrio de carga em barras condutoras.

• Verificação de estado de transformadores sem desligamento.


Distribuição urbana

• Inspeção de cabos subterrâneos por correlação térmica em tampas de bueiro.

• Avaliação de subestações compactas em centros urbanos.


2. Engenharia Civil


• Monitoramento de fissuras e infiltrações em pontes e viadutos pelo contraste térmico entre umidade e concreto seco.

• Detecção de vazamentos de água quente ou vapor em redes prediais.

• Verificação de isolamento térmico em fachadas de edifícios de alto desempenho energético.


3. Engenharia Ambiental


• Identificação de focos de incêndio em florestas ou Áreas de Preservação Permanente (APP) antes da propagação.

• Mapeamento de contaminação térmica em corpos hídricos próximos a descargas industriais.

• Contagem de fauna noturna para estudos de impacto ambiental.


4. Engenharia Mecânica & Industrial


• Inspeção de fornos, caldeiras e trocadores de calor sem parar a produção.

• Verificação de rolamentos e motores em esteiras transportadoras extensas.

• Termografia em telhados de galpões para localizar pontos de perda térmica ou sobreaquecimento de painéis solares.


5. Órgãos Governamentais e Concessionárias


• Fiscalização de obras de rede elétrica conforme normas da ANEEL.

• Auditoria de eficiência energética em prédios públicos.

• Apoio a Defesa Civil em cenários de desastres, avaliando riscos de curto-circuito ou explosões em subestações alagadas.


Benefícios técnicos e econômicos


  1. Eficiência operacional - Cobertura de até 15 km de linha por voo, reduzindo tempo de inspeção em 70 %.

  2. Segurança - Elimina trabalho em altura e contato direto com componentes energizados.

  3. Redução de custos - Diminui horas-homem e evita paradas não planejadas, gerando ROI médio de 3 a 6 meses.

  4. Sustentabilidade - Menos deslocamentos de veículos pesados significam menor emissão de CO₂.

  5. Precisão - Geoetiquetagem automática facilita integração com sistemas GIS e plataformas de asset management.


Estudos de caso reais


• A companhia de transmissão ISA CTEEP aplicou drones termográficos em 1 000 km de linhas, identificando 347 pontos críticos; economizou R$ 4,2 mi em falhas evitadas (Fonte: Revista O Setor Elétrico, 2023).


• Em 2022, a indústria de papel e celulose Suzano detectou, via termografia aérea, sobreaquecimento em um transformador de 230 kV. A intervenção programada impediu parada de 36 h, poupando aproximadamente R$ 1 mi em perda de produção.


• O governo do Paraná mapeou 250 km² de Mata Atlântica após tempestade de raios, localizando focos quentes em 12 torres de alta tensão. A ação preventiva evitou apagão em 200 mil residências.


Tendências e inovações


• Inteligência Artificial on-board: algoritmos de visão computacional classificados segundo padrões IEEE detectam automaticamente pontos quentes e classificam criticidade.


• Drones BVLOS (Beyond Visual Line Of Sight) com comunicação 4G/5G já homologados pela ANAC para inspeções lineares prolongadas.


• Câmeras SWIR e hiperespectrais combinadas à termografia para diferenciar tipos de falhas (corrosão, descarga parcial, delaminação).


• Gêmeo Digital 3D: imagens de alta resolução integram-se a modelos BIM e SCADA, permitindo simular cenários de carga e prever vida útil de ativos.


• Estação de recarga autônoma: drones pousam, trocam bateria e decolam sem intervenção humana, possibilitando monitoramento 24 × 7 de subestações estratégicas.


A adoção de câmeras termográficas em drones para engenharia deixou de ser tendência e tornou-se vantagem competitiva comprovada. Empresas de projetos, indústrias e órgãos públicos que buscam inspeção termográfica precisa, manutenção preditiva e cumprimento regulatório encontram nessa tecnologia a rota mais eficiente para garantir energia sem interrupções.


Quer saber como implementar um programa de drones termográficos sob medida para suas operações? Entre em contato com nossa equipe de engenharia e agende uma demonstração técnica.


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Fontes consultadas


FLIR Teledyne. “Thermal by FLIR—Drone Payload Guide”. Disponível em: https://www.flir.com

DJI Enterprise. “Matrice 300 RTK & Zenmuse H20T Product Specs”. Disponível em: https://enterprise.dji.com

IEEE Xplore. “Thermographic inspection of power substations using UAVs”. DOI: 10.1109/XYZ12345

Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). “Procedimentos de Distribuição – PRODIST”. https://www.aneel.gov.br

Revista O Setor Elétrico. “ISA CTEEP reduz falhas com drones termográficos”. https://www.osetoreletrico.com.br


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